Na semana passada assisti a um filme muito
emocionante e bem marcante. Ele conta a história da Dra. Alice Howland (Julianne Moore), uma renomada professora
de Linguística, que aos poucos se vê perdendo o sentido da vida. A história se
desenrola na cidade de Manhattan.
Alice é casada com John (Alec Baldwin), mãe de três filhos,
duas mulheres e um homem. Anna (Kate Bosworth)
sua filha mais velha está lutando para ser mãe, o rapaz, Tom (Hunter Parrish) é médico e a
filha mais nova, Lydia (Kristen Stewart),
sonha em conquistar seu espaço como atriz, mas Alice só quer que ela faça uma
faculdade.
No início ela começa a ter lapsos de
memória, esquece de palavras, horários, coisas,
depois a coisa começa a complicar e ela já não reconhece os lugares por onde anda,
mesmo sendo rotineiros, e nem as pessoas nas quais conviveu uma vida inteira. Neste momento ela começa a perceber que
precisa procurar um neurologista para identificar o problema. Quando ela vai ao
médico ele começa a desconfiar que o que ela acha que pode ser um simples
problema, será uma enorme mudança de vida.
Já desconfiado o doutor pede
para que em sua segunda consulta ela leve o marido, coisa que ela acaba
esquecendo... O médico dá o seu diagnostico como Mal de Alzheimer, porém sua
doença começa a ser pensada de forma hereditária, portanto, seus filhos também
podem desenvolver.
Já diagnosticada, Alice tem
a difícil missão de comunicar aos filhos a possibilidade de um deles
desenvolverem a doença, já que e um Alzheimer tipo familiar.
No desenrolar da trama, a
professora universitária começa a se enrolar com as palavras na hora das aulas
e passa a ser criticada pelos alunos e ela acaba tendo que contar a situação
para o coordenador de curso, que toma a difícil decisão de afastá-la.
Agora, Alice precisa conviver com a realidade,
começa a perder tudo que tinha construído em uma vida toda, sua memória não lhe
acompanha mais e na tentativa de no futuro lembrar dos momentos presentes ela
passa a usar o celular como válvula de escape para gravar coisas simples, como
data de seus aniversário, nome dos
filhos e coisas do seu cotidiano. Junto com isso ela percebe que as mudanças
serão rápidas e começa a gravar vídeos para ela mesma no futuro, dentre os
vídeos um em especial se destaca, com o nome Borboletas para que ela veja
quando já não houver mais esperanças.
O filme se desenrola em
torno da doença de Alice. Uma das cenas que mais me emocionou foi quando ela
começa a não localizar os ambientes dentro de sua própria casa. Com uma vontade
imensa de ir ao banheiro ela busca desesperadamente e só encontra a área de
serviço, a cozinha e outros ambientes e acaba fazendo xixi na roupa, seu marido
cheio de amor a consola. Naquele momento ela teve a certeza que estava perdida
de si.
Alice vê sua vida totalmente
desestruturada e finalmente encontra o vídeo que havia feito para ela no
futuro, Borboletas, e o vídeo lhe encaminha para o suicídio, mas não acontece
devido a memória estar muito falha. No fim, sua filha mais nove e rebelde fica
sendo sua cuidadora.
Uma história linda que vale
a pena ser vista. O degradar de uma pessoa cheia de vida e independente, que construiu
minuciosamente a sua estrada e de uma hora para outra se vê passando por situações
de extrema dependência em tudo.
Só quem vive este drama ou
tem alguém na família que passa por isso, sabe a dor e desespero dos momentos
de surtos da memória e da paciência que se precisa ter com quem sofre deste Mal
de Alzheimer.
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